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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

“VIRANDO A PÁGINA DO AMOR”



Meu coração anda tão vazio de amor,

Que há dias tento tirar dele uns versos de amor,

Tento arrancá-los, desisto logo – tamanha a dor!

Vivo uma total ausência de amor, do amor

Que une dois seres que se buscam com fervor,

Que constroem juntos sonhos de ventura.

Os demais amores, que os há com fartura:

Amor de família, amor de amigos, amor de Deus,...

Esses os tenho em abundância, graças a Deus!

O amor de uma mulher, que o homem mais quer,

Esse o motivo de minha tristeza – melhor esquecer!

Não nasci para ter esse amor, ele só me faz sofrer!

Os amores de ontem, tenho-os vagos na lembrança,

Os amores de hoje, já não os trago nem na esperança,

Os amores de amanhã, trazem-me muita insegurança!

Resta-me esse hábito em falar desse amor,...

Mais pelo gosto, a necessidade de poema de amor!

Sou ineficiente, inapto, incompetente para esse amor!

Não aprendi a arte da conquista, se tento, algo diz: desista!

Já não vivo o amor, não sinto o amor, nem espero o amor!

Esse amor é só dor. Sou um fracassado caçador de amor!

Acho que não vou mais fazer poemas de amor,

Vou virar esta página, não nasci para o amor!

Vou deixar meu coração na paz do vazio de amor!

domingo, 23 de outubro de 2011

“TRIBUTO AO CORPO HUMANO”



Nós somos fractais do Universo

Contendo toda diversidade de existências

Animadas e inanimadas, no micro e no macro

Que constitui o complexo de nosso organismo!

Nossa mente é o Astro-Rei, a estrela, em torno

Da qual, todos os Sistemas praticam suas danças da vida:

O sistema digestivo recebe e processa os alimentos,

Não fora ele, não nos manteríamos vivos!

O sistema respiratório faz as trocas gasosas

Entre nós e o meio. Sua falta... coisas desastrosas!

O sistema urinário faz a limpeza, eliminando o desnecessário,

Sem ele morreríamos envenenados por nosso sangue. Contraditório?

No sistema circulatório encontra um órgão vital para a poesia,

Qual poeta desconsidera o coração? Ele faz circular a poesia

Como faz com o sangue em seus vasos! Sem coração, sem poesia!

O sistema nervoso da ao poeta sensibilidade além de controlar

E coordenar do organismo todas as atividades, até a de andar!

No sistema nervoso a interação com o meio, a ação visceral

E a ação intelectiva são três funções que matem a pessoa ativa!

Há mais no sistema nervoso, nele os plexos laríngeo, cardíaco,

Solar, esplênico e sacro são pontos que ligam o corpo ao espírito,

Conforme certa teoria bem embasada e que me agrada o espírito!

O sistema endócrino com suas glândulas produzindo hormônios

Que são lançados na corrente sanguínea como estimulantes

Que, em excesso ou na escassez faz o corpo e o espírito desarmônicos!

Esse mundo maravilhoso que constitui nosso organismo

É nada sem o espírito que o anima, deixamo-lo sem saudosismo,

Para que ele constitua novos organismos! Deixá-lo, nosso paroxismo!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

“QUESTÃO DE VIDA OU MORTE”



Este poema nasceu de um parto doloroso,

É que forcei o parto! Não havia o mínimo

Sinal da hora do seu nascimento – numa ação

Desesperada ou tudo ou nada – a decisão foi tomada!

Era questão de vida e de morte, cabia-me a decisão

De quem morreria e quem viveria – chance remota, ambos!

Seu eu abortasse o poema no meio do parto – morria o poema!

Restar-me-ia apenas o remorso de não ter dado à luz esse filho!

Seu não tentasse trazer à luz o poema – morria eu!

Explico: estava eu, numa noite de total solidão e vazio,

Tamanho era o vazio do meu ser - um corpo sem alma,

Podiam-se dizer, as batidas do meu coração eram lentas!

Pensei: algo urge fazer! Já não sei se estou vivo ou morto!

Não há sinal mais convincente de vida que o nascimento,

Pensei, num inaudito esforço! Sim, eu teria de dar à luz

Mais um poema, filho meu, ainda que, em minha mente

E no meu coração, locais de gestação de poemas – vazio...

Teria de ser à cesariana: nada de notebook! À moda antiga!

Peguei o bisturi de quem escreve e passei a fazer cortes

Em linha reta e em círculo no papel, eu tinha de ser rápido,

O poema já começara a despontar, li a primeira estrofe – emoção!

Quando veio à luz a última estrofe, eu estava molhado de suor,

Mas, uma alegria incontida inundou todo o meu ser – vida, vida!

Eu havia conseguido, trouxera à luz mais um poema, meu filho!

domingo, 16 de outubro de 2011

EM TODO POETA HÁ UM MÁGICO,...





Hoje, só num truque de magia

Tirarei da cartola alguma poesia!

Alma fria, o cérebro obnubilado,

Silêncio, solidão – o Mundo calado!

Porém, um mágico precisa de platéia,

O poeta sim é dado à solidão – bom pra ideia!

Mas, esta noite não tem o alimento do poeta,

Está vazia como vazia está a alma do poeta...

O mágico, nos bastidores é que principia...

Seus truques, seu show sua fabrica de alegria!

Então, invoco o mágico que há em mim,...

Tome posse de minha mente, de minhas mãos

O notebook é sua cartola – use o pó de pirlimpimpim,

Sua magia não basta para transformar a pomba em poesia?

Use da bruxaria, até feitiçaria, use um truque de ilusionismo,

Esta noite não quer me saciar de poesia – me asfixia!

Não aceito qualquer coisa, quero um belo poema

Sendo belo, não importa se macho ou fêmea!

Pare tudo! Mas, isso já é um poema! Um bom poema!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

“CARA OU COROA”



Vida e morte

Amor e ódio

Céu e inferno

Alegria e tristeza

...!

Uma infinidade de dualidade

Forma o homem – suas verdades,

Suas mentiras, são, da vida, metades!

Todo humano é dual – sem engano,

Certo ou errado? Ele vive indagando!

A maior dualidade da humanidade:

A constante luta do Bem e do Mal!

Verdadeira guerra, batalha sem igual:

Um puxa pra baixo, outro puxa pra cima,

Um derruba, outro levanta, um escurece,

Outro alumia, um tristeza, outro alegria,...

A dinâmica na qual a Natureza porfia

Não foge à regra: ou é noite ou é dia,

Ou faz calor ou esfria, ou chove ou estia,...

Masculino e feminino se buscam até dormindo,

É a dualidade que se funde – a vida garantindo!

Sabe mais? Diz a verdade se estou mentido!

domingo, 9 de outubro de 2011

“RIO DE LÁGRIMAS”



Oh Minh ‘alma, sinto o cheiro quente.

De sua dor em forma de lágrimas

Rolarem por sobre o leito do rio

Em que se transformou minha face!

Meu próprio olho jamais se viu

Uma nascente jorrando em torrentes

Lágrimas tão doloridas, tão quentes!

Coragem, oh Minh ‘alma, bobagem.

Sofrer tanto por alguém sobre quem – no entanto,

Você se decepcionou tanto – acabou o encanto!

Amigos você os tem e os terá sempre ao seu lado,

Esqueça os amigos equivocados – à dor estão fadados,

Quando o Tribunal da própria consciência der-lhes ciência

Da pena por esnobar sentimentos puros – rogarão clemência!

GRATO POR EXISTIR







Por que revolta,

Se a beleza impera a minha volta?

Ainda que a solidão fez morada em meu coração,

Colher o próprio fruto da solidão – a reflexão,

Vale a Vida e ao Senhor da Vida – muita gratidão.

Em minhas elucubrações tenho tido fortes impressões

Quando me proponho a fazer uma experiência mental:

Imaginar se eu não existisse seria um bem ou um mal?

Se bem, para quem? Se mal, a quem eu seria um mal?

Um frio nos ossos... Eu não existir, nem pensar posso!

Senhor Nosso Criador, deste-nos esta nobre faculdade – pensar,

Farei jus a ela – pensando, os mistérios do Universo vou devassar!

E pensando concluí que mais maravilhoso que existir – é te louvar!

sábado, 8 de outubro de 2011

CONTRARIEDADE



A vida é cheia de situações

Que são verdadeiras provações,

São as conhecidas contrariedades.

São picuinhas que a despeito

Da insignificância – é-nos um desrespeito!

Até de olhar, o jeito; de andar o trejeito;

O falar, de um jeito! São flechadas no peito!

Após ter passado por tantas contrariedades,

Analisando, descobri nisso algumas verdades:

O orgulho e o egoísmo são os atingidos, na realidade;

Sofre menos quem tem bastante humildade;

Torna-se quase imune a isso, tendo firme vontade!

Por hora, estou na teoria, mas já me sinto mais resistente,

Não me deixo atingir pelo primeiro que me mostre o dente!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

AS LINHAS DO POETA



Eu sou poeta

Escrevo torto

Por linhas certas

Escrevo certo

Por linhas certas

Escrevo certo

Por linhas tortas

Deus, como fica?

Deus não escreve,

Deus é a Linha

Na qual se alinha o poeta

Deus é o Certo do poeta!

Torta é a vida torta do poeta!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

DEPRESSIVO



A depressão é um demônio

Que quer levar minha alma para o inferno!

O pior é que minha alma se vê tentada

A segui-lo deixando-se lambuzar do Meloso

Que se esparrama todo numa alucinação pavorosa

Envolvendo minha alma que quase se entrega ao Enganoso!

Certo que minha alma sempre teve um quê de loucura,

Mas uma loucura saudável, fonte inspiradora de poemas,

Tudo dentro dos conformes, sem grandes problemas!

Agora, minha alma está propensa a mergulhar fundo

Na loucura, graças a seus rompantes, já não sou o homem de antes

Estou prestes assumir o papel integral de palhaço, de idiota,...

No meu círculo de vivência isso não é lorota – fazem-me chacota!

Hora, penso que nasci para o papel de babaca,

Olhando no espelho, às vezes, vejo um grande panaca!

Sinto vontade de vestir uma roupa de palhaço e chutar o pau da barraca!

Calma, preciso explicar isso, que muitos me querem um louco violento,

Assim, eu iria para o hotel dos lunáticos, a rigor – numa camisa de força!

Então, “amigos queridos” chutar o pau da barraca, é tirar a máscara

De homem saudável, de bom senso e ser o louco que sempre fui – penso!

Tratamento? Ah, remédios tenho tomado à prescrição – Bom? Sei não!

Terapia com psicóloga: as horas que tive falando, falando, falando,...

Religião – já passei por todas, das do “terrero” as do grande salão!

Vou parar com essa choradeira do cão,... isso me fere a alma , o coração.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A NOITE NÃO DORME





Não vou maldizer o cachorro que late lá fora,

Há muitos perigos nestas altas horas da madrugada!

E o cão sabe, seu dono se o vir como medo – dará risada!

As sombras, reais habitantes da noite, não oferecem perigo,

Elas são tão frágeis, dissipam-se a um feixe de luz de lanterna!

Nem os Espíritos que vagueiam na aragem da noite dão medo!

O perigo, que vergonha, são os da minha espécie – vivos,

Que, mortos, estão noutro mundo cuidando das coisas lá!

Se aqui no na segurança do meu quarto, sinto medo – credo!

Imagina o pobre cão, numa tremenda solidão – latir espanta o medo

E é a sua fala de cachorro, com a qual se comunica e pede socorro!

Certo, meu companheiro das madrugadas, sua fala-latido não me irrita,

Agora, se estou cochilando e acordo assustado, porque ouvi um grito

Ou um barulho no meu terreiro – fico alerta o tempo inteiro – aflito!

Já estou acostumado com os sons da noite: o assovio do vento,

O barulho de minha janela, quando o vento a balança, o ronco

Das pessoas de minha casa, que dormem pesado, o grilo,...

Essa Dama da Escuridão, a Noite, não dorme, trabalha duro,

Para cumprir as várias funções de sua Natureza – enquanto é escuro!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

AMORES E AMORES



Eu vi aqui num quarto de hospital,

Na sua mais pura expressão, aquilo

Que se vê num quarto de motel: o amor,

Quase sempre, na mais pura confusão!

Aqui vi uma jovem senhora acariciando o marido,

Que, internado, apresentava um quadro sofrido:

Sonda na uretra, sonda no nariz por onde se alimentava,

De fraldão pois não continha as necessidades,...

Mas, a bela e jovem senhora passou o dia zelando

Por aquele que parecia ser seu bem mais precioso,...

Um frangalho humano que nem a presença dela sentia.

O amor dos motéis: corpos sarados, corpos perfumados,

Vozes firmes e sensuais, olhos brilhantes – olhos de amantes,

Corpos energizados, sorrisos e gargalhadas e muitas traições,

Desilusões, enganos, seres alucinados – quase desumanos,...

Realmente o ser humano é surpreendente – os surpreendentes,

Não aqueles que permanecem presos ao só “amor dos sorridentes”,

Mas esses que com abnegação, na hora da precisão – segura-nos a mão!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

“SENHOR TEMPO”



O tempo leva o novo

O tempo traz o novo

O tempo leva o velho

O tempo o traz novo

O tempo choca o ovo

O tempo solta o ovo

O tempo come o ovo

O tempo faz um povo

O tempo... eu louvo

domingo, 2 de outubro de 2011

COLHEITA DE POEMAS



Escrever, para mim, tornou-se necessidade vital,

Algumas horas sem escrever, como um estômago vazio,

Minh’alma, comensal de poema, ronca exigindo seu alimento!

Na seara de minha inspiração tenho ceifado com minha caneta

Fartos feixes de poemas com os quais sacio toda alma faminta

Desse substancioso alimento. Tamanha tem sido a abundância,

Que tenho exportado, por meio do navio cargueiro Virtual,

Para saciar no mundo inteiro - alma que de poema é comensal!

Porém, minh’alma não se contenta só com minha produção,

Tem de se alimentar de poemas ceifados em outras cearas de inspiração!

E graças a Deus, são tantas as searas produtoras dessa alimentação,

Que minh’alma está sempre saciada numa felicidade sem comparação!

sábado, 1 de outubro de 2011

“MELHOR IDADE”





Corpo novo, corpo sarado

Enquanto novo tão agitado!

Corpo velho, corpo desgastado

Agora velho, prefere ficar parado!

Ainda que o velho moderninho

Quer brincar de menininho

O reumatismo, a osteoporose, a pressão,...

Rápido o leva ao conforto de seu ninho!

Tenham calma os defensores da “melhor idade”

Eu também estou quase fazendo parte do clube!

Não digo de boca pra fora penso o peso de minha idade!

Mas, estou falando de corpo,

Pedra bruta onde o tempo esculpe marcas!

O Espírito, pedra bruta onde o tempo esculpe virtudes,

Esse tende a ser melhor na velhice que na juventude!