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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A NOITE NÃO DORME





Não vou maldizer o cachorro que late lá fora,

Há muitos perigos nestas altas horas da madrugada!

E o cão sabe, seu dono se o vir como medo – dará risada!

As sombras, reais habitantes da noite, não oferecem perigo,

Elas são tão frágeis, dissipam-se a um feixe de luz de lanterna!

Nem os Espíritos que vagueiam na aragem da noite dão medo!

O perigo, que vergonha, são os da minha espécie – vivos,

Que, mortos, estão noutro mundo cuidando das coisas lá!

Se aqui no na segurança do meu quarto, sinto medo – credo!

Imagina o pobre cão, numa tremenda solidão – latir espanta o medo

E é a sua fala de cachorro, com a qual se comunica e pede socorro!

Certo, meu companheiro das madrugadas, sua fala-latido não me irrita,

Agora, se estou cochilando e acordo assustado, porque ouvi um grito

Ou um barulho no meu terreiro – fico alerta o tempo inteiro – aflito!

Já estou acostumado com os sons da noite: o assovio do vento,

O barulho de minha janela, quando o vento a balança, o ronco

Das pessoas de minha casa, que dormem pesado, o grilo,...

Essa Dama da Escuridão, a Noite, não dorme, trabalha duro,

Para cumprir as várias funções de sua Natureza – enquanto é escuro!

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