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sexta-feira, 30 de março de 2012

ROUPA DA ALMA



Eu vi um corpo sem alma,

Estava lá, no chão da rua,

Numa estranha calma!

Suas “partes íntimas” nuas,

Sem de vergonha, sem pudor,

Sem sensualidade, sem energia para o amor!

Num acidente de trânsito,

Pobre corpo - sua alma fugiu!

Não o quis assim, sujo de sangue, amassado!

Voou para longe – para “o outro lado!”

Você, corpo sem alma,

Cumpriu sua missão – merece palmas!

Já sua alma do “outro lado”- terá calma?

terça-feira, 27 de março de 2012

“MORENA DA BOCA PEQUENA”



Morena da boca pequena,

Ante tua beleza de mulher-menina

Minh ’alma suspira: viver vale a pena!

Ilumina minha vida, alegra minha sina,

Teu sorriso traquina!

Meus olhos ao vê-la dizem: vi uma estrela!

Teu cheiro gostoso de jovem mulher,

No mundo, nada há de melhor!

Minhas mãos ao te tocar,

Deixam meu corpo querendo te amar!

Teu amor é de momento? Passa ligeiro?

Não importo, sei: teu prazer é verdadeiro

E a vida é feita de cada momento – inteiro!

terça-feira, 20 de março de 2012

UMA POESIA TERRENA


Rogo a Deus inspiração

Para eu fazer uma poesia de pés no chão,

Que tenha de levantar cedo para ganhar o pão,

Uma poesia que ganhe a vida com o suor do corpo!

Quero uma poesia que tenha estômago que ronca

Quando vazio, uma poesia que tem de se vestir e calçar,...

Quero uma poesia que tome banho, que, se não tomar fede!

Quero uma poesia que sinta carência de afeto, de convivência!

Senhor, inspire-me a fazer uma poesia que ame e que odeie,

Que chore e sorria, que sinta tristeza e alegria – tudo por amor!

Quero uma poesia que tenha família: pai, mãe, filho, filha,...

Quero uma poesia que tenha sexo e que goste muito de sexo!

Senhor meu Deus, permita-me fazer uma poesia que tenha fé,

Esperança, uma poesia um pouco pessimista e mais otimista!

Quero uma poesia que seja humana, como um ser humano,

Que fale da vida na Terra e que sonhe também com o céu!

segunda-feira, 19 de março de 2012

UMA POESIA SUPERIOR




Às musas inspiradoras, às forças minhas protetoras,...

Invoco, rogo faça brotar em minha mente a poesia,

Não poesia do dia a dia desta Terra de almas sofredoras!

Quero poesia ultra dimensional sem tristeza, sem alegria

Que esteja acima do Bem e do Mal, da razão e da emoção

Que não saiba nada do Amor, que desconheça a paixão!

Escreverei uma poesia livre das picuinhas, da tolice humana!

Uma poesia que tenha vivido a Experiência de Quase Morte,

E agora fala de outra realidade, de uma melhor sorte!

Poesia cuja neutralidade no âmbito da humanidade terrena,

Questiona: tudo que se refere ao humano da Terra vale à pena?

E responde: só à visão tacanha, que, com outras realidades nem sonha.

Mas meu espírito aventureiro, não se compraz com o só terreiro,

Quer ultrapassar as barreiras do conhecido, do pensamento rasteiro!

Pois, sabe meu Espírito que o Mal e o Bem, o amor e a paixão,...

Limitados a esta dimensão o tempo sempre põe um ponto final,

Se despertam a confiança, vem a tempestade, adeus bonança!

Minha poesia será plena, não aceitará viver em estado precário!

Mas, então, do que fala minha poesia? Ah! Pouca gente entenderia,

As coisas que falam minha poesia! Talvez o poeta, o louco, o lunático,...

Entenderiam até se emocionariam com minha poesia! Mas, a maioria,

O autêntico homem terreno (do dinheiro, da fama, do sucesso fanático),

Rasgaria minha poesia, não por maldade, é que nada entenderia,...

A beleza, a justiça, os sentimentos,... de minha poesia são o ideal superior!

terça-feira, 13 de março de 2012

O PENSADOR E A CHUVA



Está frio lá fora?

Ninguém imagina o frio

Que sinto em meu coração agora!

Do tempo, as adversidades:

Vento frio, chuva, tempestades,...

Não se comparam às ansiedades

Do meu Ser em busca da verdade!

Já me disseram que não vale à pena

Esse esforço em queimar pestana,

Se “o ser humano é um animal que pensa”

No próprio pensar ele encontra recompensa!

Certo, essa sede em desvendar todo mistério,

Preciso moderar, pois, pode virar problema sério!

“To be or not to be, that’s the question” é notório!

Interessante o barulho da chuva no telhado,...a chuva

De onde vem? Não... não vou questionar isto também!

Vou lá fora tomar banho e brincar e dançar na chuva,

Sem pensar de onde vem, quem fez... Isso me fará bem.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O JECA FILÓSOFO



Sô moço, por que essa ânsia

De vivê?

Quanto mais ansia,

Mais a morte chega perto docê!

Não me sabe respondê?

Eu respondo procê:

Tá certo ocê,

Já que tem de vivê,

Tem de fazer valê!

Que, da morte,

Num tem moita

Que nóis pode escondê!

domingo, 4 de março de 2012

“ABREM-SE AS CORTINAS DO CÉU”



A Noite é apenas uma sombra!

Tal afirmativa me assombra!

A Noite é quando o Criador

Abre as cortinas do Céu

E apresenta doze horas

Do maior espetáculo de luzes,

Cores, brilhos, movimentos,

E sons que, para o espírito dos seres

E das coisas, é cantiga de ninar!

O manto escuro da Noite é apenas pano de fundo

No qual é projetado o Grande Espetáculo!

À Noite, os Espíritos deixam seus corpos:

Rústicas roupas; e usam suas vestes de gala!

Todo o cenário muda à Noite: o clima, a cor,

Até o cheiro da Noite muda – cheira a perfume!

Apenas os seres notívagos: morcegos, vampiros,

Lobisomens e os que, como eu, sofremos de insônia,

Não nos submetemos à metamorfose da Noite:

Nossos olhos teimam em permanecerem abertos,

Agarramo-nos ao corpo e passamos a Noite despertos!