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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A FORÇA DO TEMPO



Como fazer poema se quando perscruto

Meu íntimo nem mesmo eco ouço?

Oh não! Ouço o eco da voz da mulher que amei

A ponto de me perder de amor! Que diz? Não sei!

Mas a diapasão da voz que ouço já não me agrada,

Se antes soava como o próprio amor, hoje – é nada!

A franqueza do tempo para comigo é implacável,

Os sulcos que deixa em minha pele de longe são notáveis!

Como se o exterior não bastasse o Cruel Devorador

Suga as energias, a beleza do meu mundo interior!

Minha alegria, a esperança que moravam em meus olhos,

Sem força, lutam para manter uma mínima brasa acesa!

Meu porte altivo curva-se sobre mim mesmo – os olhos

Hipnotizados pelo chão já não querem ver outra coisa!

Última instantância o pensamento destoa – potente

Como sempre, é um vulcão em atividade constante!

Mas, o corpo já não é o de antes – cada vez mais lento,

Não acompanha o pensamente, sente o peso da idade!



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