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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

“OUVIR ROSAS”




Não é com opressão

Que se sabe da rosa como que do chão

Retira-se tanta suavidade e mansidão!

Também não se espreme a delicadeza da rosa

Para saber o segredo de viver em perfeita comunhão

Entre terríveis espinhos sem levar um arranhão!

Para se conseguir algo da rosa

Há de se chegar de mansinho e propor um dedo de prosa!

E na própria prosa, não ferir a delicadeza da rosa!

E não me vem dizer que não se fala com rosa,

Se um Parnasiano1 ouvia estrelas em longas noites de prosa,

Por que, estando tão próximo da rosa,

Com ela não se pode ter um dedo de prosa?


1. Uma referência a Olavo Bilac e seu poema Via Láctea

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