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quarta-feira, 13 de julho de 2011

“O CORVO TUPINIQUIM”


Um pensamento medonho,

Ronda-me em sonho!

Que quer não suponho!

Qual corvo irônico e risonho,

Aproxima-se como um ser mau e peçonho,

Viro-me na cama, de suor molhado em banho!

E o “corvo” de avantajado tamanho,

Fixa-me um olhar triste e estranho,

Por um instante compadeço-me, não me impunho!

Mais veloz que suponho,

O pensamento medonho invade-me o sonho!

Preso em suas garras, o limear do sono não transponho!

O malvado com seu feio carantonho,

Olha-me nos olhos e disse: lhe proponho...

A princípio pensei ser delíro do sonho!

Porém, continuou o ser tristonho:

Transforme-me num poema estranho!

Quero ser a poesia dos seres medonhos!

Com um solto e um grito roquenho,

Acordei tremendo como uma mó de engenho!

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