Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

domingo, 31 de julho de 2011

FORMADOR DE OPINIÃO



Vulgo, vocábulo ambíguo:

Pode significar o que é pífio, reles

E pode significar povo, plebes.

Um significado com o outro não é contíguo.

Ambos neste poema estarão comigo.

A par disso, prossigo:

O vulgo, legítimo formador da Sabedoria Popular,

Cujo valor merece destacado lugar;Também se encarrega de perpetuar

Algum ditado cujo mau gosto

Fere a língua e cora o rosto;

Alguma teoria cuja falsa verdade

Pasma o pensador de agora e da posteridade.

Eis um desses ditados

Que nunca deveria ter sido usado,

A não ser pelo truão no tablado:

“O homem para se realizar,Tem que ter um filho,

Plantar uma árvore

E escrever um livro.

”Para o vulgo responsável por essa “jóia proverbial”,

Cabe o primeiro significado da palavra vulgo

Neste poema supracitado.

Pois tal adágio trás o contágio

Da pior teoria, do pior plágio.

Pois que simplifica a Vida

Em três atos que por si sós

Não reconhecem a criatividade que cabe a nós,

Nem a engenhosidade pelo homem desenvolvida.

Em uma primeira leitura do referido prolóquio

Isto é o que se apura:

-Ter um filho: como qual animal, um reprodutor.

Nada a ver com Pai, um Educador.

-Plantar uma árvore: Em todos os atos,

lavar as mãos como Pilatos.

Nada com o dever de , com ação continuada,Preservar a Terra, nossa morada.

-Escrever um livro: nenhum comprometimento com a mensagem.

Apenas um ato de orgulho e vaidade

– essa bobagem.

Por mim, o homem ou a mulher

Estão na Vida para dar à Vida

O melhor de si que puder

E aproveitar da Vida

Tudo de melhor que a Vida der.

Ou sofrer as dores da Vida,

Quando à Vida aprouver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário