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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

LIÇÃO MALUCA



Para que a vida não nos pregue uma peça,

Precisamos ser espertos à beça,

E não adianta dizer eu não caio nessa,

A vida tem o domínio, no jogo, de todas as peças!

Ser esperto, não espertalhão, esperteza de quem sabe tomar decisão

Ou de quem “sabe não tomar” decisão – deixando ao espertalhão!

Às vezes, é melhor não ser o melhor, deixando isso para o pior,

Pois que o melhor é o melhor! Já o pior sempre quer ser o melhor!

E, por pior seja o melhor é melhor do que o pior que sempre é o pior.

Há sabedorias na vida que são adquiridas, outras, as trazemos para a vida!

A sabedoria afetiva não é da atual idade, sim, do Espírito com mais idade!

O Espírito viajor da eternidade distingue o certo do errado com claridade!

Assim é afetuoso, nunca dependente afetivo: dá afeto, não o exige!

Por fim, uma sabedoria popular: “é melhor só que mal acompanhado.”

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

PERMITA-ME SONHAR!




Na aridez noturna de meu quarto

Que também é minha oficina de poemas,

Não sei se visto uma roupa de sair e parto

Ou se fico aqui antena ligada – captando poemas!

Se fico ouvindo música aqui no meu quarto-escritório

Até, devagar, passar, deste para um mundo ilusório...

Muito mais constante que o real, muito mais transitório!

A misteriosa e tão buscada porta da dimensão dos sonhos,

Como num filme de ficção, vai se fechando – o tempo se acabando,

A indecisão parece dominar a situação, são minutos medonhos!

Prendes-me Mundo maldito? Por que, se sou só um cara esquisito?

Nada tenho a legar, a não serem esses poemas rasos – escritos ao acaso!

Quero o portal dos sonhos, lá terei um escritório lindo – espaçoso!

Dele, poderei ver o céu estrelado, terei uma lareira para os dias gelados,

Ao redor um jardim sempre florido, exalando aromas por mim preferidos

E minha amada nunca pensará em me deixar e me visitará – dias seguidos!

Escreverei poemas lindos, de um amor feliz do começo ao fim,

Diferente deste mundo: no começo tudo muito bom, no fim – tudo ruim!

Serão poemas profundos, para se refletir sobre este e outros mundos!

Tem alguém dizendo impossível? Caramba! Estou falando de sonhos!

Deixe-me sonhar, é possível? Querem controlar tudo, seus enfadonhos!

Estou resignado a caminhar com vocês, sempre num desses rebanhos!


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

PENSAMENTO OUSADO



Tens a ousadia

De achar que esse corpo é sua última moradia?

Cuidado! Um dia,

Com certeza, cairá por terra, corpo e ousadia!

Então, nesse dia,

Entenderás que o Criador, não mata o que cria

E que são inimagináveis seu poder e sua sabedoria!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

“A PARTE QUE ME TOCA”



Cada ser vivo tem, na vida, a parte que lhe toca

De tudo que necessita para sobreviver – sem troca,

Tanto aquele que vive num palácio como o que vive na oca!

Se a ganância desenvolve o gosto por acumular riqueza,

Na balança, com desgosto, pende a parte que toca à pobreza!

Se a preguiça, o desinteresse faz com que o vivente fuja à liça,

Se algo lhe falta, não culpe a sorte,... É questão de justiça!

Para o ser humano que já estagia em outro plano,

Tem que freqüentar a sociedade: mãe de muitos enganos,

E que impõe exigências, tais como as vestes de pano!

Porém, na atualidade, o que mais está matando

O ser humano, Senhor absoluto de tudo que há neste plano:

Falta de amor, a carência de afeto, até amizade já se está negando,

Este poeta sofreu a dor de lhe ser negada a amizade – terrível engano...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

UM VELHO PÉ DE JACARANDÁ



Na rua catorze de julho, de minha Cidade Morena,

Havia um velho pé de Jacarandá que todo ano em setembro

Carregava-se de flores encantado a todos que passavam por lá!

Desde eu menino a Rua 14 de julho tem sido meu caminho de casa

E sempre quando eu passo onde ficava o velho pé de Jacarandá

Meus olhos buscam o espetáculo de flores que todo ano havia por lá!

Este ano de 2011, no mês de setembro, passando por lá,

Meus olhos estupefatos não acreditaram no que viram de fato

O velho pé de Jacarandá não estava mais lá,...

Não foi difícil saber o que aconteceu com o velho pé de Jacarandá,

A ganância humana passando por lá se encantou com uns terrenos

Em frente ao pé de Jacarandá, área supervalorizada no setor imobiliário,

O velho pé de Jacarandá tombou-se por terra ante “os olhos gordos”

Da ambição que viram ali a oportunidade de ficarem milionários,...

Na mente da ganância humana nasce o projeto sonhado

De ali construir um conjunto de prédios – um condomínio fechado!

Ato contínuo, prepara-se a papelada que, como já se estava acostumado,

Encaminhada aos “órgãos competentes”, rápido, foi ajeitada!

Breve, máquinas e homens adentraram-se ao local – à ordem dada!

Ao que parece a questão Meio Ambiente não era considerada!

Os responsáveis pelo projeto não consideraram o velho pé de Jacarandá!

Sem sensibilidade para isso ou nem conheciam um pé de Jacarandá!

E, de onde se esperava uma voz de apoio ao velho pé de Jacarandá,

O silêncio se fez pesado como um tronco de jacarandá,

A administração Municipal, pelo que parece, nem passou por lá,

Ou se passou não conhece a beleza de um pé de Jacarandá!

MANOEL DE ALMEIDA

domingo, 25 de setembro de 2011

INVASÃO EM DUAS RODAS



Será um pesadelo? Para onde olho, vejo motos: Biiiiiii...!

Moto à direita, moto à esquerda, moto à frente e atrás!

Há um segundo retrovisor limpo... zoom: moto, moto...

Moto agressiva, moto nervosa, moto sem educação...

Moto louca, moto prepotente, moto ruidosa, moto...

Deu-me passagem...? Moto...? Será Miragem...?

Educadamente acenou-me ...? Moto. Moto...?

Máquina silenciosa...? Moto...? Sem pressa? Moto?

Ah, existe moto do Bem...? Ainda bem! Moto... Bibibi

Que pesadelo! É real? Moto... Zoom...Moto... Bibibi...!

Opa, forçou a ultrapassagem: moto... Biiiiiiiii... moto...

Um momento... no cruzamento... sangramento...?

Ao relento, um corpo torto... morto: moto, moto,...

sábado, 24 de setembro de 2011

IDÉIAS



Idéias chegam e passam. Idéias se perdem no espaço.

Se elas te pedem espaço, uma folha de papel em branco

É-lhes confortável regaço; sê com elas gentil e franco,

São sutis e fugazes. Carro velho é que funciona no tranco!

Boas idéias são jóias já lapidadas, prontas para serem usadas;

Elas não discriminam pessoas, inspiram as nobres e as plebéias,

As idéias são amigas dos pensadores: acadêmicos e amadores;

Elas teem carinho especial pelos poetas: suas dores e amores.

Este poema é um sincero tributo às ideias que me têm inspirado;

Reverencio as fontes ocultas e, para mim, misteriosas e sagradas

De onde jorram boas ideias que me alimentam, e me sustentam;

Eu, poeta tardio, sem verve e estro, viveria só, num grande vazio.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PIOR!



Pior que uma mulher sem ternura?

Um homem cheio de frescura!

Pior que levar uma vida cheia de amargura?

Não viver intensamente por achar que a vida é muito dura!

Pior que não levar a vida a sério?

Não entender da vida a grandeza, o mistério!

Pior que não apreciar um poema?

Ver na vida só dor, só problema!

Pior que não acreditar na força do amor?

Não há nada pior que não crer no poder do amor!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

“A PARTE QUE ME TOCA”



Cada ser vivo tem, na vida, a parte que lhe toca

De tudo que necessita para sobreviver – sem troca,

Tanto aquele que vive num palácio como o que vive na oca!

Se a ganância desenvolve o gosto por acumular riqueza,

Na balança, com desgosto, pende a parte que toca à pobreza!

Se a preguiça, o desinteresse faz com que o vivente fuja à liça,

Se algo lhe falta, não culpe a sorte,... É questão de justiça!

Para o ser humano que já estagia em outro plano,

Tem que freqüentar a sociedade: mãe de muitos enganos,

E que impõe exigências, tais como as vestes de pano!

Porém, na atualidade, o que mais está matando

O ser humano, Senhor absoluto de tudo que há neste plano:

Falta de amor, a carência de afeto, até amizade já se está negando,

Este poeta sofreu a dor de lhe ser negada a amizade – terrível engano...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

“OUVIR ROSAS”




Não é com opressão

Que se sabe da rosa como que do chão

Retira-se tanta suavidade e mansidão!

Também não se espreme a delicadeza da rosa

Para saber o segredo de viver em perfeita comunhão

Entre terríveis espinhos sem levar um arranhão!

Para se conseguir algo da rosa

Há de se chegar de mansinho e propor um dedo de prosa!

E na própria prosa, não ferir a delicadeza da rosa!

E não me vem dizer que não se fala com rosa,

Se um Parnasiano1 ouvia estrelas em longas noites de prosa,

Por que, estando tão próximo da rosa,

Com ela não se pode ter um dedo de prosa?


1. Uma referência a Olavo Bilac e seu poema Via Láctea

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

EXPERIENTE!



Do fim ao começo,

Do verso ao reverso,

Do lado de fora ou virado do avesso,

O cheiro e o sabor são o mesmo, eu sei – eu conheço!

Quem chupou cana até o bagaço

Conhece o sabor do melaço

E quem chupou uma fruta até o caroço

Sabe se o caldo de outra fruta é fino ou grosso!

Quanto mais nesta minha vida padeço,

Mais profundamente esta vida eu conheço!

Hoje sei a genialidade e a mediocridade,

A maldade e a bondade vivem juntas trocando passo!

Nesta vida, com que eu mais me aborreço

É ver o justo fazer papel de palhaço

E o medíocre fazer o maior sucesso!

Na beleza exterior já não me satisfaço,

Como eu disse, virando do avesso – é tudo o mesmo regaço!

domingo, 18 de setembro de 2011

LIÇÃO MALUCA



Para que a vida não nos pregue uma peça,

Precisamos ser espertos à beça,

E não adianta dizer eu não caio nessa,

A vida tem o domínio, no jogo, de todas as peças!

Ser esperto, não espertalhão, esperteza de quem sabe tomar decisão

Ou de quem “sabe não tomar” decisão – deixando ao espertalhão!

Às vezes, é melhor não ser o melhor, deixando isso para o pior,

Pois que o melhor é o melhor! Já o pior sempre quer ser o melhor!

E, por pior seja o melhor é melhor do que o pior que sempre é o pior.

Há sabedorias na vida que são adquiridas, outras, as trazemos para a vida!

A sabedoria afetiva não é da atual idade, sim, do Espírito com mais idade!

O Espírito viajor da eternidade distingue o certo do errado com claridade!

Assim é afetuoso, nunca dependente afetivo: dá afeto, não o exige!

Por fim, uma sabedoria popular: “é melhor só que mal acompanhado.”

sábado, 17 de setembro de 2011

PENSAMENTO OUSADO



Tens a ousadia

De achar que esse corpo é sua última moradia?

Cuidado! Um dia,

Com certeza, cairá por terra, corpo e ousadia!

Então, nesse dia,

Entenderás que o Criador, não mata o que cria

E que são inimagináveis seu poder e sua sabedoria!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O POETA É...



O poeta sofredor

O poeta sofre dor

O poeta sonhador

O poeta sonha amor

O poeta só em amor

O poeta, só, sem amor

O poeta só, sem humor

O poeta só, um amor

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

JÓIAS IMPERECÍVEIS




Ouço sua voz no telefone,

Algo nela me faz lembrar um tempo

Em que fui muito feliz junto a alguém,

Cuja voz, o timbre, não a entonação,

Que esta está muito amadurecida,

Mas o timbre guarda a mesma melodiosa

Música que fazia a felicidade de minha alma.

Sim, minha querida, esse alguém é você,

Tenho certeza disso, assim como, você,

Ao olhar nos meus olhos já sem o brilho

De outrora, me reconhecerá neles,...

Nossos corpos sofreram o inevitável

Desgaste que o Senhor Tempo cobra

Irresoluto do corpo mais simples ao mais bruto!

Mas, nós – Senhores deste Castelo de células,

Acumulamos ricas,... Jóias cada uma mais valiosa

Que a outra... Agora, Na casa segura da maturidade

Não poupamos esforços em compartilhá-las

Com os Seres – amores de nosso coração

E até mesmo com o Mundo todo, aprendemos

Que essas jóias só aumentam ao serem compartilhadas!

Amor de minha vida,... Acho que na passagem

Do grande e misterioso rio do grande segrado,

Não nos faltarão víveres para saciar-nos a fome e a sede.

Agora é só esperar tranqüilo o trem que apitará na cursa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A MORENA E O POETA




Você, Morena, com essa beleza – menina,

Registrada por minha experiente retina,

Como deixar indiferente a ,de poeta, minha sina?

Olhando em seus olhos, só pureza acho!

Olhando para sua linda boca...

Vejo-a fêmea e eu macho!

Olhando sua postura digna, elegante,

Sinto-me respeitador e reverente!

Olhando para seu corpo provocante,

Sinto uma onda de calor excitante!

Morena, eu, homem experiente,

Ante sua beleza, em mim, não sinto tanta firmeza:

Ora quero ser um moralista que age com dureza

Ora quero ser um homem das cavernas...

Ora quero ser indiferente a suas belas pernas!

Minha fraqueza faz parte de minha natureza?

Minha franqueza julgue-a sem muita rudeza,

Tenha pena deste poeta que ousou versejar sua beleza!

,

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

CONSEQUÊNCIAS....



Sua ausência

Decretou-me uma sentença:

Viver triste, sem recompensa,

Carente de afeto e de carinho,

Vagando no Mundo – sozinho!

Fez mais sua ausência:

Impôs ao meu coração,

Outrora, sensível e feliz,

Viver escondido no meu peito,

Insensível, como um infeliz,

Quieto, batendo – sem jeito!

Ainda sua ausência:

Fez de minh’alma

Outrora confiante e cheia de alegria,

Uma autômata, seguindo a vida – fria!

domingo, 11 de setembro de 2011

ERRAR É HUMANO




“Não me arrependo do que fiz.”

Diz quem não perdeu seu amor num ato infeliz!

“Se pudesse, eu faria novamente.”

Quem diz é inocente ou mente!

Pois, quem, por um ato impensado,

Viu-se abandonado pelo Ser amado,

Não repete o erro que o fez um Ser demente!

sábado, 10 de setembro de 2011

DUALIDADE



Há, no mínimo, duas personalidades

Em disputa por minha identidade...

Uma sempre usando o bom senso,

Criteriosa, calma... em tudo consenso!

Outra, sempre impulsiva, inconseqüente,

Toda sua ação resulta contraproducente!

Só a teoria das muitas vidas, de forma devida,

Esclarece tal dualismo, numa pessoa já vivida!

Essa teoria preconiza que, da atual personalidade,

A idade não determina, do Espírito, a real idade...

Assim, sou um Espírito jovem errando e aprendendo,

Nesse Mundo Escola! Apesar dos erros, não peço cola,

Todo mérito e demérito cabe só a mim – não à escola!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

BRASIL: UM PAÍS DE PAZ



A cada manhã,

Ao sentir os raios de sol trespassando

Meu corpo, vivificando a Terra,

Quero sentir minha alma cantando,

Grata a Deus por viver no Brasil – longe de guerra!

A cada por do Sol,

Ao sentir o manto escuro da noite

Cobrir toda a Terra

E do outro lado do arrebol

A Lua suave vier beijar corpos e almas

Cansados e sofridos pelo crisol

Da Lei de Progresso, após mais um dia de cansaço!

Quero sentir minha alma declamando um poema

Grata a Deus por viver no Brasil – longe guerra!

A cada dia, mergulhado na realidade,

Ao sentir o lado negro da Humanidade!

Sendo informado pela grande mídia – sem piedade

Das desgraças humanas que atingem pessoa de qualquer idade,

E o Brasil que não sofre a dor da guerra,

Mas sofre a falta de probidade do governo – que erra!

Quero sentir minha alma em prece pedindo a Deus

Por toda Humanidade que luta e sofre e acerta e erra...!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SOU ASSIM




Tem quem me ache um ser estranho,

Não nego, quando me comparo aos demais,

Sinto que tenho algo de menos ou de mais!

Ainda que estranho,

Não posso ser expulso do rebanho,

Por mais o convívio seja enfadonho,

Mesmo que ora bato ora apanho!

Se sou assim – alguém me fez assim

E não perguntou nada para mim!

Não sei quem me “inventou” nem de onde vim,

Mas aqui estou com esse meu jeito,

Então, só tem um jeito:

Aceitar-me como sou – deste jeito!